#reconstruçãoRS Um ano após a enchente, a educação resiste e se reinventa

A enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul em maio de 2024 reforçou uma verdade: a escola é muito mais do que um espaço de aprendizado. Ela é um porto seguro, um ponto de encontro, um abrigo emocional e físico — ainda mais em momentos de crise.

Em meio ao caos provocado pelas águas, muitas escolas se transformaram em centros de acolhimento para famílias desalojadas. Outras, como a Escola Estadual de Ensino Médio Professor Américo Braga, em Eldorado do Sul, tiveram suas estruturas duramente afetadas e precisaram ser rapidamente recuperadas para continuar exercendo seu papel fundamental junto à comunidade.

Logo após o desastre, uma ampla rede de solidariedade tomou forma em todo o estado. O setor público, organizações sociais, empresas e cidadãos comuns uniram forças para garantir que a educação não fosse paralisada por muito tempo. O Instituto JAMA também participou ativamente dessa mobilização.

Por meio da articulação com comunidades escolares, apoio técnico e captação de recursos, o Instituto atuou diretamente na recuperação de diversas escolas afetadas — incluindo a Américo Braga.

“Era preciso agir rápido e com muito respeito ao momento de dor que todos estavam vivendo. A escola precisava voltar a viver, não apenas com aulas, mas como símbolo de esperança e reconstrução”, afirma Adriana Lanzarini, diretora do Instituto JAMA.

Localizada no bairro Sans Souci, em Eldorado do Sul, a Américo Braga se tornou um símbolo da resiliência educacional no pós-enchente. Severamente danificada, a escola enfrentou desafios enormes, mas também foi uma das primeiras a se reerguer, graças ao esforço conjunto da comunidade escolar, de voluntários e do apoio técnico especializado.

Um ano após a enchente, o Instituto JAMA foi convidado para a cerimônia oficial em homenagem ao processo de reconstrução da educação no estado. O evento contou com as presenças da secretária de Educação do RS, Raquel Teixeira, e da secretária municipal de Educação de Eldorado do Sul, Claudete Oliveira, marcando o reconhecimento ao papel das escolas públicas e das instituições parceiras nesse momento histórico.

A tragédia climática de 2024 expôs vulnerabilidades, mas também revelou a força da coletividade e a importância estratégica da educação. Mais do que infraestrutura, o que se reconstrói agora são vínculos, rotinas e projetos de vida — alinhados ao momento atual, em que sabemos da força da crise climática e, a partir das nossas experiências, buscamos nos preparar para um futuro mais resiliente.

 

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