A OLIMPÍADA E A EDUCAÇÃO

Esther Grossi sugere jogos educativos

 

– A gente não aprende porque alguém explica. Aprende fazendo.

Com esse conceito piagetiano, a educadora gaúcha Ester Pillar Grossi justifica o uso dos Jogos Olímpicos como estímulo para o ensino de crianças e adolescentes que acompanham a competição. Na sua visão, professores e pais podem pegar exemplos do esporte para educar.

– O jogo imita a vida. Assim como os atletas desenvolveram habilidades com a prática, também os estudantes aprendem muito quando jogam.

Autora de mais de 30 livros sobre alfabetização, matemática e processos cognitivos, a professora – que também foi secretária de Educação de Porto Alegre e deputada federal – continua ministrando cursos para docentes no GEEMPA – Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação. Em entrevista exclusiva para este site do Instituto Jama, ela disse que as escolas e os professores podem aproveitar o momento olímpico para estimular as crianças com jogos didáticos e até competitivos:

– Ganhar e perder também é um aprendizado. Eu aprendo quando supero equívocos. Quem não sabe perder não aprende.

A visão de Esther Grossi coincide em parte com ensinamentos do neurocientista espanhol Francisco Mora, um dos maiores estudiosos do cérebro na atualidade, que defende: “Não se pode aprender nada além daquilo que desperta nossa emoção. A neurociência ensina que o que se recorda melhor é sempre aquilo cujo conteúdo tem um ingrediente emocional”.

Emoção é o que não falta nesta olimpíada japonesa.

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